quinta-feira, 8 de março de 2012

Técnico tem 2 carros furtados em 48h na mesma esquina de Piracicaba

O técnico em informática Paulo Assumpção, de 34 anos, teve dois carros furtados na mesma esquina em menos de 48 horas. Os furtos ocorreram na Avenida Armando de Salles Oliveira com a Rua Monsenhor Francisco Rosa, no Centro de Piracicaba, interior de São Paulo.
Um dos veículos levados pelos criminosos era do técnico, que ainda tem 54 parcelas a pagar por ele. O outro carro reserva foi fornecido pela seguradora contratada por Assumpção por conta do ocorrido no dia anterior.
"Na segunda-feira (5), eu estacionei o meu Celta às 19h. Voltei às 22h e ele não estava mais lá. Na terça, a seguradora me deu o carro reserva. Na quarta-feira (7), eu parei na mesma esquina, também às 19h. Quando eram 21h eu brinquei com um amigo dizendo que iria dar uma olhada no carro para ver se não tinha sumido e, quando vi, haviam furtado também", conta o autônomo, que registrou os dois boletins de ocorrências no plantão policial.
Assumpção estuda em um instituição de ensino que fica na Rua Monsenhor e sempre estaciona nas imedicações do local. Com dois furtos em três dias, agora a insegurança faz com que ele não saiba como agir. "A seguradora me deu o segundo carro reserva hoje. Mas não vou para a aula não", brincou a vítima bem humorada. "Vai que eu complete três furtos em uma semana", emendou.
Números
Os casos do técnico em informática fazem parte de uma estatística que tem crescido na cidade. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP), Piracicaba registrou 71 furtos de veículos a mais no primeiro mês de 2012 se comparado a janeiro de 2011. Foram 182 furtos este ano contra 111 do ano passado.
Os dados de fevereiro de 2012 ainda não foram divulgados pela secretaria. "Nós estamos todas as noite nas ruas, sem exceção. Geralmente esses furtos acontecem durante a noite e de madrugada", disse a major da PM Adriana Sgrigneiro.
VC no G1Esta matéria foi sugerida por Paulo Assumpção por meio da seção VC no G1. O internauta que também quiser fazer suas sugestões, basta acessar o canal por aqui.

Fonte: G1

Em dia especial, transexuais contam que ser mulher é 'questão de alma'

“Uma mulher aprisionada em um corpo de homem”, é assim que se sente a universitária Jeane Louise, 19 anos, estudante do 5° semestre de publicidade, em Salvador. Transexual, assim como muitas outras, quer entrar na fila do SUS para realizar cirurgia de mudança de sexo, processo final da reconstrução de sua estética feminina, iniciada ainda na infância.



“Chega um momento em que sua verdade é muito forte, é questão de alma. Nas brincadeiras de infância, minhas personagens eram sempre do gênero feminino, me refugiava ali. Depois veio a blusa, o cabelo, a calça apertada, o furo na orelha. Em geral, nenhuma transexual sabe que é transexual, é um processo de conhecimento, de acesso à informação”, afirma.
O enfrentamento das pessoas que nasceram homens, mas assumem papéis sociais femininos e lutam para serem reconhecidas pela maioria é vivido por transexuais como Jeane, que remonta a forma física através de hormônios, silicone, implante capilar e outros paliativos como a maquiagem. Mas o desejo de formalizar a transexualização, para ela, só será completa com a alteração do órgão sexual, que pode ser conquistada por meio da cirurgia de transgenitalização, instituída no Brasil em 2008 com a Portaria de número 457, do Ministério da Saúde. Atualmente, a cirurgia é autorizada apenas em quatro hospitais universitários: um da UFRG, Porto Alegre; um da UERJ, Rio de Janeiro; um da USP, em São Paulo; e o da UFG, em Goiás.
Cento e dezesseis brasileiras já passaram pelo procedimento, que consiste na amputação do pênis e construção da neovagina. É preciso, antes, que a mulher transexual passe por etapas preparatórias, que preveem avaliações psicológicas e psiquiátricas, terapia hormonal, avaliação genética e acompanhamento pós-operatório, conforme especifica o Ministério.
“Vou concluir o primeiro ano de terapia, a fila é enorme e esse trâmite é muito sofredor. Temos que ser guerreiras para conquistar espaço. Mas sei que vou me sentir realizada. Hoje, quando me olho no espelho, me vejo incompleta, com aquilo que não condiz à minha mente. Ser mulher ou homem está na mente, não é a aparência física”, avalia a estudante.
Jeane Louise encarou cedo o autoconhecimento e aceitação, mesmo em meio ao coro de “viadinho” que diz ter sido bastante emitido pelos colegas no período em que esteve em uma "escola de padres".
“Eu realmente 'metia a mão' neles e ia para a diretoria. Se continuasse ali, iria entrar em depressão, porque eu chegava no colégio, colocava maquiagem e me mandavam tirar. Era horrível! Pensava: se não puder usar em casa ou no colégio, onde iria usar? Saí de lá, fui para uma escola pública e foi lá que me encontrei de verdade como mulher; o pessoal tinha a cabeça mais aberta”, lembra.
Jeane mora com a mãe - os pais são separados - e diz que sabe diferenciar o respeito da aceitação. "Minha mãe teve um filho e até hoje ela não me chama de Jeane dentro de casa. Meu pai era muito machista e me surpreendo com o respeito que me trata. Não digo que me aceitam, mas respeitam e isso já dá força. Faço tudo com os pés no chão”, comenta.
Filha de sargento
A cabeleireira Luana Neves* também luta pela conquista plena de pertencer ao gênero, porém há mais tempo, desde os 18 anos, quando saiu de Mato Grosso do Sul para morar na capital baiana. Neste período, compreendeu que, para ela, mais importante que o processo de transgenitalização seria a retificação jurídica do nome civil. “Tenho convicção de que quero fazer a cirurgia, mas meu principal desejo é o da retificação do nome. Eu evito ir a hospital, banco, fico muito arrasada em relação a isso, porque estou vestida de mulher, mas as pessoas me chamam com meu nome de batismo, não o social, por puro preconceito”, afirma. O projeto de lei 72/07, do deputado Luciano Zica (PV), que prevê a alteração do nome civil para o social nas disposições da Lei dos Registros Públicos (Lei n° 6.015/1973), tramita no Senado e, atualmente, aguarda a designação do relator.
Filha de sargento do Exército, um dos grandes sonhos de Luana, já tentado e descartado, era o de seguir a carreira militar. Chegou a se alistar, passou em todos os testes, inclusive o psicológico e o de aptidão física, experimentou a roupa no quartel. Até que não resistiu ao incômodo do ambiente e confessou ao general a sua orientação sexual.
“Eu tinha no sangue a vontade de seguir carreira na área militar, sempre tive esse sonho, mas, naquela época, me senti muito mal. Estava prestes a assumir uma personalidade que não era a minha”, afirma.
Por vontade, revela que gostaria de ser advogada, no entanto, conta que precisou se condicionar à restrição do mercado de trabalho às transexuais e que é cabelereira não por opção, mas por maior aceitação.
“Quando meus pais saíam de casa, eu colocava a roupa de minha mãe, salto, toalha na cabeça, para fingir que tinha cabelo. Quando a percebia já no portão, jogava tudo aquilo embaixo da cama. Mas eu não sabia em que perfil me encaixava, se era travesti, transexual, drag queen. Eu sempre fui muito fechada e tímida, o que me causou depressão. Eu colocava meus esforços todos no estudo, achava que tinha que estudar para ser uma pessoa de poder”, relembra. Hoje, saias e vestidos, sempre "discretos", são as roupas que mais usa. Já na praia, não abdica de biquínis e cangas.
Ser transexual
O professor e membro do grupo Cultura e Sexualidade, da UFBA, Leandro Colling, explica que, para ser transexual, não é preciso concretizar a mudança do sexo necessariamente com cirurgia. “Existem casos em que a pessoa se identifica como transexual e não deseja fazer a completa mudança no corpo. Tem gente que se sente transexual e basta colocar seio, tomar hormônios, para não deixar crescer pêlos; o pênis é o que menos importa. O sexo não pode ser reduzido à genitália, tem a diversidade”, aponta.
Colling, que também é membro do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, órgão do governo federal, explica que categorias como homem ou mulher não devem ser tão rígidas na sociedade. “As pessoas têm ideias fixas nas suas cabeças, mas, se você olhar para a vida, os homens e as mulheres estão cada vez mais borrando essas fronteiras, desde profissões, gestos, produtos, depilação”, relata.

A autoestima das transexuais é trabalhada no processo terapêutico, de modo que elas possam enfrentar os entraves culturais, como argumenta a psicanalista Suzana Vieira, 46 anos. Segundo ela, existe uma tendência dessas mulheres ao isolamento e à depressão, que pode ser agravada pela falta de apoio das famílias. “As sensações começam desde a infância e, desde então, as pessoas a veem como um menino, ela também se vê fisicamente como menino, mas lida com desejos de menina e começa a esconder os órgãos sexuais. A terapia ajuda a pessoa a entender tudo isso”, ressalva a psicanalista.

Relação com héteros
Por serem socialmente mulheres, as solteiras Jeane e Luana se relacionam com homens e hoje se afirmam heterossexuais. “Eu dou até risada com alguns homens desavisados. Às vezes você já está em um nível de envolvimento e aí tenho que explicar que sou transexual. Tem alguns que não gostam. Me considero realmente hétero”, comenta. “Gosto de homem que gosta de mulher, apesar de ser complicado porque nem todo mundo tem coragem de assumir uma transexual”, ressalva Jeane.

Leandro Colling explica que o gênero não se confunde com a prática sexual. “Ser gay é outra coisa. Existem vários homens que transam com outros e a identidade é heterossexual, a gente precisa respeitar isso. A prática sexual não é um elemento definidor de identidade. Se pessoas se sentem mulheres e transam com homens esse sexo é heterossexual”, acrescenta.

Fonte: G1

Sessão repercute importância da homenagem às mulheres


A homenagem ao Dia Internacional da Mulher ocorrida em Sessão Solene teve prosseguimento na sessão plenária realizada no início da tarde desta quinta feira, com pronunciamentos dos deputados Getúlio Rêgo - DEM e Hermano Morais - PMDB.
De acordo com as palavras do deputado Getúlio “as mulheres desse plenário nos dão leveza nas discussões nesta Casa.”. Ele também destacou a importância da mulher na magistratura e fez referência ao discurso da desembargadora Zeneide Bezerra, uma das homenageadas na sessão solene, afirmando que a palavra dela, ao agradecer a homenagem, será um indutor para os jovens que ingressarem na magistratura. “A palavra dela foi uma aula para a construção de uma sociedade mais justa”, disse.
Hermano Morais também falou sobre a homenagem prestada pela Asssembleia Legislativa, numa proposição das deputadas Márcia Maia, Gesane Marinho e Larissa Rosado e destacou a importância de mulheres que contribuíram com a história política e social do Rio Grande do Norte.

Mulheres do RN são homenageadas em sessão solene, nesta quinta-feira


No dia em que o mundo inteiro dedica todas as atenções para as mulheres, a Assembleia Legislativa faz uma homenagem ao público feminino do Rio Grande do Norte, destacando a atuação de três mulheres que transformam realidades no estado. Por iniciativa da bancada feminina da Casa, composta pelas deputadas Gesane Marinho(PSD), Larissa Rosado (PSB) e Márcia Maia (PSB), a AL realizou hoje (08) uma sessão solene pelo Dia Internacional da Mulher.
As três personalidades do RN escolhidas pelas parlamentares foram a desembargadora Maria Zeneide Bezerra, proposição de Gesane Marinho; a presidente da Federação Norte Riograndense de Associações de Deficientes (Fenad) e vice-presidente da Associação de Deficientes Físicos de Mossoró (Adefim/RN), Francisca Lúcia Aquino de Paula, sugestão de Larissa Rosado. A terceira homenageada é a fundadora da Associação Rio-Grandense Pró-Idosos (ARPI), Nazilda Maria Dutra Bezerra, nome proposto por Márcia Maia.
A desembargadora do TJRN, Maria Zeneide Bezerra, natural de Parnamirim, foi a segunda mulher a compor a Corte e a quinta na história do Tribunal de Justiça. Durante a carreira na magistratura, a desembargadora sempre foi envolvida em projetos sociais. Ela idealizou, realizou e participou ativamente de vários deles como Projeto Cafuné, Justiça e Escola, Justiça na Praça, Educart, O Judiciário vai à Comunidade, além de priorizar a capacitação de servidores. Tamanho apreço pelas questões sociais também fez de Maria Zeneide Bezerra a Coordenadora do Núcleode Projetos o TJRN.
Francisca Lúcia de Aquino Paula, 52, nascida em Banabuíu, no Ceará, adotou Mossoró como a sua terra. A cadeirante compõe atualmente o Conselho Municipal de Assistência Social, Conselho Municipal de Saúde e o Conselho Municipal do Direito da Pessoa com Deficiência. Lúcia Aquino ganhou o respeito de todos pela contribuição para uma maior valorização da pessoa com deficiência física, bem como a colaboração para a formação de uma nova conduta em relação às pessoas com deficiência a partir de um trabalho de conscientização junto ao público em geral e pela sua batalha constante pelodireito e ir e vir das pessoas com deficiência.
Nazilda Maria Dutra Bezerra, fundadora da ARPI, criou a entidade para trazer melhorias à qualidade de vida dos idosos. Ela é administradora de empresas e foi funcionária da Legião Brasileira de Assistência (LBA). A ARPI conta atualmente com mais de mil idosos inscritos e várias instituições parceiras.
BANCADA FEMININA
A primeira oradora da sessão solene foi a deputada Larissa Rosado. Em seu discurso, ela falou das conquistas históricas, embora considere que ainda falta um longo percurso a ser percorrido, principalmente no âmbito da política. “São muitos os desafios de defender a mulher, através da política. Apesar dos avanços, ainda há graves problemas no universo feminino. A violência, a desigualdade no mercado de trabalho, exploração sexual, saúde precária. Tal realidade nos motiva a intensificar as ações nessas áreas”, declarou.
A deputada Márcia Maia, segunda oradora da sessão, falou do crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho do RN. “Nossa luta tem sido recompensada. O RN ampliou a participação do público feminino no mercado. Nos últimos dez anos, tal participação passou de 42,6% para 48,7%. Mas temos que continuar cobrando os nossos direitos. Temos diferenças de gêneros, mas desigualdades não podem ser admitidas.”, declarou. Márcia também falou sobre sua homenageada. “Mulheres como você não se cansam de lutar em favor do próximo. É graças a mulheres como você que estou aqui hoje, numa posição antes inimaginável. Nós deixamos o rotulo de sexo frágil para trás”, disse.
A terceira oradora, a deputada Gesane Marinho falou sobre a trajetória de Zeneide Bezerra e sobre as razões que a levaram a render homenagens à desembargadora. “Em 2012 escolhi homenagear uma mulher que tem uma preocupação pela área social. Sua história é uma lição de garra. Ela superou dificuldades e hoje vive para derrubar as barreiras existentes. Vou usar as suas palavras. Qiando a senhora diz ‘dê direito a quem tem’, digo que esta Casa deve homenagear quem merece. A senhora é sem dúvida uma mulher merecedora da homenagem. Aliás, as três são mulheres que se destacam no que fazem”, declarou Gesane.
HOMENAGEADAS
Com uma trajetória de 33 anos de luta em favor dos idosos, a homenageada Nazilda Maria Dutra Bezerra não escondeu a emoção ao receber a honraria pelo Dia Internacional da Mulher. “Sou uma mulher de 64 anos, uma idosa cheia de projetos. Quero dizer que envelhecer é uma questão de cabeça. É uma decisão nossa. Quanto às leis, não creio que precisem ser criadas mais. Já temos muitas. Agora é preciso implementá-las. Estou bastante emocionada com a homenagem”, declarou.
De acordo com Francisca Lúcia de Aquino Paula, outra homenageada do dia, esta era a primeira vez que uma mulher com deficiência recebia tal reconhecimento no estado. “Esta homenagem não é só para mim, mas para todas as mulheres com deficiência no RN, especialmente as de Mossoró. Esta luta não é só minha, é delas também. Lutamos pela inclusão na sociedade, no mercado de trabalho, lutamos pelo direito de ir e vir. Hoje, no dia Internacional da Mulher, peço a todos que respeitem as pessoas com deficiência. Não estacionem nas vagas dessas pessoas, deixem nosso acesso livre. Temos uma vida normal, trabalhamos e precisamos chegar aos nossos lugares”, declarou.
A desembargadora Zeneide Bezerra fez um discurso emocionado, lembrando de familiares e de todos os desafios enfrentados até chegar ao cargo de juíza. “Hoje, de modo abrangente, sabe-se o espaço da mulher no Direito. Mas como já foi dito aqui, temos leis demais voltadas para a defesa das mulheres, mas o que precisamos é que sejam implementadas. As mulheres ainda sofrem muitos preconceitos. Quase 80 anos depois da conquista do voto feminino, ainda temos representações inexpressivas nos cargos políticos”, disse.

Ricardo Motta diz que ônibus vão garantir transporte escolar digno


O deputado Ricardo Motta disse ontem, na solenidade de entrega de 100 ônibus escolares, que “pela primeira vez está sendo aplicado um volume tão grande de recursos em transporte escolar no Rio Grande do Norte. Só tenho a aplaudir esse entendimento entre a União, o Estado e os Municípios. Esses ônibus, que estão sendo entregues para 67 municípios, vão garantir um transporte escolar digno e com segurança. Esse programa vai beneficiar milhares de estudantes pobres que não dispõem de condições de deslocamento para as escolas”, afirmou.
O presidente da Assembleia Legislativa ressaltou que a Casa se une a essas parcerias que estão sendo feitas entre os governos federal, estadual e os municípios do Rio Grande do Norte que só tem trazido bons resultados para o Estado.
Ricardo Motta disse ainda que tem a certeza que essa parceria entre os governos está no caminho certo. “A luz está acesa dentro do túnel e não no fim do túnel. O transporte escolar contribui para que o estudante, principalmente o da zona rural dos municípios menores, tenha acesso à escola. Atualmente muitos alunos são transportados em carroceria de caminhões e caminhonetes, sem qualquer conforto e segurança”, afirmou.
A solenidade de entrega dos ônibus pela governadora Rosalba Ciarlini, dentro do programa Caminho da Escola, contou com a presença do Ministro da Educação Aloizio Mercadante, da deputada federal Fátima Bezerra e dos deputados estaduais Fernando Mineiro e Getúlio Rêgo.

"A busca pela integridade da mulher é o verdadeiro desafio que se espera do feminismo"


“Em nenhuma outra época da história a mulher precisou se questionar tanto quanto às suas escolhas como hoje”. Com essa reflexão, a psicóloga e sexóloga Cristina Hahn abriu sua palestra, hoje (8), no plenarinho da Casa, em mais uma atividade da Assembleia Legislativa dentro das comemorações alusivas ao Dia Internacional da Mulher.

De forma interativa com o público participante, ela traçou um panorama das situações e dos múltiplos papeis desempenhados pelas mulheres desde a antiguidade, até os dias de hoje e de como elas vem lidando com os desafios de cada época. “As mulheres antigas tinham a função de reprodução, de administrar a vida familiar e eram submetidas à ordem patriarcal, sendo consideradas incapazes física e intelectualmente”, disse.
Doutora Cristina alertou para o que classificou de “institucionalização dos padrões”: de beleza, de comportamento e em outras esferas, o que contribui para a opressão e uma eterna insatisfação consigo mesmas.
Com relação à debatida questão de igualdade entre os sexos, a palestrante frisou: “A frase correta não seria igualdade dos direitos preservando as diferenças do sexo e de gênero? Estamos lutando contra quem, igualdade significa liberdade? Somos diferentes sim, nem melhores, nem piores, apenas diferentes”.
Com tanta auto-cobrança, a mulher da atualidade se vê diante de problemas como a negação da velhice, o medo da solidão e o mito da beleza inatingível, que a faz se sentir sempre insatisfeita e insegura. Mas a institucionalização da beleza feminina também trouxe outras más conseqüências como a extirpação da auto-estima e da possibilidade de valorização das singularidades.
“A busca pela integridade da mulher, sendo verdadeiramente feliz e sendo mulher: este é o desafio que se espera do verdadeiro feminismo”, concluiu Cristina.