quarta-feira, 11 de maio de 2011

Deputados debatem dificuldades na saúde

Após a apresentação do relatório, os deputados presentes na reunião da Comissão de Finanças e Fiscalização da Assembleia, debateram com o Secretário de Saúde as preocupações de cada um com a saúde pública no Estado. O Presidente da Assembleia, deputado Ricardo Motta, reforçou o interesse da Assembleia em discutir e encontrar soluções para a questão da Saúde. “Durante este período que estou nesta Casa, nem em época de análises de orçamento do Estado, vi a comissão trabalhar tão intensamente. Temos que continuar nos manifestando, debatendo problemas, trabalhando em prol da saúde. A Assembleia vai ajudar irrestritamente as ações que melhorem a saúde do Estado”, afirmou o Presidente.

Ricardo Motta afirmou que na próxima semana durante reunião da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), o deputado Leonardo Nogueira (DEM) vai apresentar o pioneirismo do RN em relação a tele medicina, programa implantado pela secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Associação Médica do Rio Grande do Norte, que promete ser a solução para o problema da carência de cardiologistas especializados para o atendimento da população, principalmente nas menores cidades. O deputado Leonardo Nogueira, que é médico, lamentou os indicadores apontados no relatório trimestral da Secretaria de Saúde. “Temos que melhorar nossa capacidade de investimento, países da América Latina como o Chile investe cerca de 6% do Produto Interno Público, e nós continuamos investindo 3,5%”.

O deputado Raimundo Fernandes (PMN) criticou a existência das cooperativas médicas contratadas pelo serviço público. “Como o Governo do Estado pretende resolver a terceirização de setores críticos de atendimento?”. O secretário Domício Arruda lembrou que o Estado não tem a quantidade de profissionais adequada para assumir todos os procedimentos. O deputado Nelter Queiroz (PMDB) destacou a preocupação com a saúde pública na região do Seridó, e questionou como vai funcionar a Unidade de Pronto Atendimento de Caicó (UPA de Caicó). A secretaria informou que a UPA vai ser instalada no Hospital Regional do município, apesar do desejo inicial de encontrar outro local. A UPA vai custar entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão por mês para o pleno funcionamento, enquanto o Governo Federal deve bancar apenas R$ 265 mil.

O Presidente da Comissão de Finanças e Fiscalização, deputado José Dias (PMDB), defendeu debates mais constantes entre a Assembleia e a Secretaria de Saúde. O parlamentar também defendeu o fim da corrupção e do desperdício no serviço público. O secretário Domício Arruda anunciou que o Estado está na fase final de planejamento de uma reforma administrativa ampla na Secretaria de Saúde, inclusive com intervenção nas unidades de saúde.

Terremoto de magnitude 5,3 causa destruição e morte na Espanha

Um terremoto sacudiu nesta quarta-feira (11) à tarde o sudeste da Espanha, causando danos materiais principalmente na cidade de Lorca e deixando pelo menos dez mortos e dezenas de feridos, segundo autoridades espanholas.

A televisão espanhola exibiu imagens de construções antigas que desabaram em Lorca, incluindo a torre de uma igreja. Carros estacionados próximos a prédios afetados foram atingidos pelos destroços.

De acordo com instituto de pesquisa geológica dos EUA (USGS), o terremoto teve magnitude 5,3 e foi registrado às 18h47 (13h47 no horário de Brasília), cerca de uma hora e meia depois de um primeiro tremor mais fraco.

O jornal espanhol "El País" relata que os tremores deixaram rachaduras nas estradas e aconselha precaução para as pessoas que precisem trafegar pela região afetada.

Moradores de Lorca relataram à agência EFE que a situação é de "pânico", com milhares de pessoas nas ruas sem saber o que fazer após terem sido surpreendidas pelos tremores.

O prefeito da cidade, Francisco Jodar, disse a uma rádio local que as mortes foram causadas pela queda de destroços e desmoronamentos. Autoridades temem que o número de mortes possa aumentar.

O primeiro-ministro espanhol, Jose Luis Rodriguez Zapatero, enviou tropas do Exército ao local do terremoto, para ajudar nos resgates.

AL debate média e alta complexidade na Saúde

A manhã desta quarta-feira, 11, na Assembleia foi dedicada à discussão da saúde pública. Além da reunião da Comissão de Fiscalização e Finanças para apresentação da prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2011 pelo secretário Estadual Domício Arruda, o deputado Leonardo Nogueira (DEM) foi o propositor da audiência pública que debateu a situação da média e alta complexidade na área da saúde pública.

A audiência reuniu secretários de saúde de vários municípios, equipe técnica da Secretaria Estadual de Saúde e entidades médicas. Leonardo Nogueira abriu o debate cobrando a aprovação da Emenda 29, que faz aumentar o repasse do Governo Federal para a área de saúde dos estados e municípios. “A média e alta complexidade não existia há 30 anos, e a tecnologia evoluiu e os investimentos não acompanharam”, defendeu o parlamentar.

A presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Solange Costa, alerta que os problemas da alta complexidade são diretamente afetados pela falta de assistência básica nos municípios. Os relatos de fila de espera por exames como ressonância e tomografia computadorizada foram vários. O secretário municipal de saúde da cidade de Mossoró, Benjamim Bento de Araújo Neto, relatou que no município a fila para a ressonância pode demorar até um ano.

O Secretário Estadual de Saúde, Domício Arruda, voltou a justificar a falta de recursos em função das dificuldades por que passa o Estado nesse setor. “A solução da alta complexidade, que é responsabilidade do Estado, não passa por investimentos próprios. Nossa capacidade de investimento é zero. Não temos capacidade de comprar equipamentos de ressonância, só temos dinheiro para pagar água, luz, e funcionários”.

Ao final da audiência, o deputado Leonardo Nogueira prometeu enviar uma série de sugestões à Secretaria Estadual de Saúde.

Saiba Mais

Média complexidade

Compõe-se por ações e serviços cuja prática clínica demande disponibilidade de profissionais especializados e o uso de recursos tecnológicos de apoio diagnóstico e terapêutico.

Alta complexidade

Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os demais níveis de atenção à Saúde (atenção básica e de média complexidade).